Uma das linhas mestras desse blog será desmistificar o papel do advogado de negócios. Vou ainda falar muito disso, mas a mensagem principal é a de que o advogado, hoje, é muito menos um resolvedor de casos na justiça; é um verdadeiro arquiteto de negócios, alguém que, sentando junto com diversos interessados, monta as estruturas e desenha as soluções para que todos atinjam objetivos. Ao contrário de alguém que cria dificuldades, o novo perfil do advogado é o de aproximador de partes, de construtor de pontes.
Outras expressões tentam passar essa mesma ideia. Nos Estados Unidos, já é costume chamar os advogados de “engenheiros de custos de transação”. A ideia é correta: em vez de ser uma fonte de despesa, o advogado empresarial é um elemento que diminui custos das partes que querem fazer um negócio. Mesmo aqui no Brasil, os escritórios de advocacia são um dos maiores canais de networking: conectam empresas e seus donos, investidores e fundos, consultorias financeiras, firmas de auditoria e tantos outros atores no palco dos negócios.
Mais que tudo, o advogado de negócios é alguém que sabe pensar com a cabeça do cliente, pois sem isso, não seria possível desempenhar o seu papel. Do ponto de vista de como consultor jurídico, se eu não entender os detalhes do dia a dia de pequenos negócios, não vou jamais conseguir fazer o que meu cliente precisa, por mais conhecimento técnico que eu tenha. Clareza e simplicidade, por exemplo, costumam ser artigos em falta.
Esses são vícios que muitos advogados têm, e nossa formação na faculdade não ajuda em nada. Por favor, se eu não for nem claro nem simples nos meus posts, é só botar a boca no trombone. E se tiver algum relato sobre a sua visão dos advogados, compartilhe por aqui ou no @StartDireito.
Concordo com seu post! Pena que as Faculdades e cursos não estejam na mesma rotação da mudança que vem chegando e se instalando dia a dia…
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